Thursday, March 17, 2005

Rock e nada mais

"Não faço idéia alguma do que postar neste espaço hoje.”

A frase inicial poderia soar totalmente sem nexo, concordam? Poderia, se não tivesse tudo a ver com o assunto de hoje. Isso mesmo, rock. Observe-a novamente e tente identificar uma das mensagens no qual ela tenta transmitir. Uma mistura de atitude com liberdade, achou? Algo como se eu, no caso, não tivesse obrigação nenhuma de preencher o espaço de introdução e não estivesse nem aí se você gostou ou não - óbvio que não é verdade. O rock é isso: atitude e liberdade.

Mas claro que essa tal atitude e essa tal liberdade (SPC?) possuem um limite. Se não fosse isto, nós certamente estaríamos livres de algumas perguntas que costumam nos irritar. À propósito: Como você enxerga o momento em que o rock está vivendo?

Aí vai minha opinião: acredito que essa quantidade imensa de bandas que está surgindo, apesar de muitas não possuírem grande técnica, realmente tem muito à acrescentar ao universo musical, não só falando de sonoridade. Falo tanto no Brasil quanto lá fora. Uma pena que o interesse comercial também teve um crescimento significativo nos últimos anos. À propósito de novo, o grande problema da canção com objetivos comerciais é que, além da mesma ter tendência a ser simples, repleta de clichês, ela afasta a música do lado artístico. Afasta o amor que os músicos têm na hora de compô-la e de executá-la. Nenhum fã gosta se sentir enganado (ou será que estou enganado?).

Já indo para o final, uma última pergunta: O que você espera do rock?

Eu espero que ele continue sendo distração e referência para as nossas vidas. Mais do que isso, espero que ele continue evoluindo, inovando e surpreendendo - caso contrário, será vítima dessa mesma falta de idéias de que o nosso "amigo verde", lá de cima, parece estar se deparando.

Friday, March 04, 2005

Solitários ou não

"No mundo da música, é cumum ouvirmos que o segundo trabalho de um artista recém surgido é o que necessita de maior dedicação por parte do mesmo. Indo mais longe, o segundo trabalho pode desmascarar os artistas que estão prestes a serem eternamente 'apenas um entre milhares'. Aplicando-se uma regra semelhante à escrita, vamos ver se este segundo texto será bem aceito ou não. Espero não desapontá-los (risos)."

Ultilizando um exemplo mais do que estranho, vamos voltar no tempo: Março de 1995. Auge da sua, da minha infância.
Você está em casa, sentado no sofá da sala e assistindo a mais um episódio de Chaves. Está inconformado. Pensa ser a única pessoa no mundo com um gosto fora do comum. A única pessoa que possui como ídolos personagens tão estranhos e ao mesmo tempo tão distantes da história (algo na faixa do carteiro Jaiminho e do aluno Godinez, por aí).

O tempo passa. Dez anos depois, você passa a descobrir que 15801 pessoas também acham Godinez o personagem mais simpático da turma. Descobre que não é o único humano que gosta de sentir cheiro de gasolina – 38223 pessoas estão com você. Fica surpreso ao saber que muitos também escolhiam o Scorpion para kombater - e mais surpreso ainda, ao saber que não era o único a dar um “gancho” após o uso da famosa “cordinha”.

Não importa como é ou como foi o seu estilo. Se você tiver acesso a este mundo, sempre achará pessoas que pensam do mesmo modo que você. Isto é a prova de que com o passar dos anos, as pessoas se sentirão menos e menos solitárias.

Ótimo. Agora que estamos chegando ao fim do texto, você pega a frase final do parágrafo anterior e “puf!” - a deleta da sua mente.

Não senhor! A cada dia que passa, as pessoas se sentem mais solitárias e mais depressivas. Está certo, não há problema em ficarmos procurando pela Internet pessoas que possuem alguma ligação conosco. Mas é um erro acharmos que isto nos afastará da solidão.

Nós seremos livres no dia em que não seremos t
ão dependentes do computador para falar uns com os outros.

Bom, enquanto isso...