"Não faço idéia alguma do que postar neste espaço hoje.”
A frase inicial poderia soar totalmente sem nexo, concordam? Poderia, se não tivesse tudo a ver com o assunto de hoje. Isso mesmo, rock. Observe-a novamente e tente identificar uma das mensagens no qual ela tenta transmitir. Uma mistura de atitude com liberdade, achou? Algo como se eu, no caso, não tivesse obrigação nenhuma de preencher o espaço de introdução e não estivesse nem aí se você gostou ou não - óbvio que não é verdade. O rock é isso: atitude e liberdade.
Mas claro que essa tal atitude e essa tal liberdade (SPC?) possuem um limite. Se não fosse isto, nós certamente estaríamos livres de algumas perguntas que costumam nos irritar. À propósito: Como você enxerga o momento em que o rock está vivendo?
Aí vai minha opinião: acredito que essa quantidade imensa de bandas que está surgindo, apesar de muitas não possuírem grande técnica, realmente tem muito à acrescentar ao universo musical, não só falando de sonoridade. Falo tanto no Brasil quanto lá fora. Uma pena que o interesse comercial também teve um crescimento significativo nos últimos anos. À propósito de novo, o grande problema da canção com objetivos comerciais é que, além da mesma ter tendência a ser simples, repleta de clichês, ela afasta a música do lado artístico. Afasta o amor que os músicos têm na hora de compô-la e de executá-la. Nenhum fã gosta se sentir enganado (ou será que estou enganado?).
Já indo para o final, uma última pergunta: O que você espera do rock?
Eu espero que ele continue sendo distração e referência para as nossas vidas. Mais do que isso, espero que ele continue evoluindo, inovando e surpreendendo - caso contrário, será vítima dessa mesma falta de idéias de que o nosso "amigo verde", lá de cima, parece estar se deparando.