Wednesday, July 12, 2006

O Google mudou minha vida


Bom, você deve estar se perguntando porque um título tão exagerado, tão “forçado” pra esse texto. Será que a minha intenção foi encher de elogios o maior site de buscas da Internet ou colocar uma visão mais pessimista do mundo internético (semelhante ao tópico Solitários ou não)?

Respondendo a pergunta do cara aí de cima, nem uma nem outra. Minha intenção é só destacar algumas das transformações significativas deste famoso buscador, através de um título que nos lembra até algumas das irreverentes comunidades do orkut (ctrol C ctrol V mudou minha vida, por exemplo).

Bem... Voltando no tempo, há uns 12 anos atrás, o que acontecia se você ouvia uma música boa e queria de toda forma descobrir o artista? Certamente tinha duas opções: esperar ouvir a mesma música outra vez para anota-la ou perguntar para alguém se a conhecia. Hoje, se você tem um pedaço de papel na mão, simplesmente anota uma parte da letra (de preferência do refrão) nele. Então, em pouco tempo, ao fazer a busca no Google, você tem acesso à que? À letra completa da música desejada? Talvez. Bem, com alguns minutos a mais de navegação (faz tempo que eu não ouço essa palavra), você descobre o histórico, os integrantes, os shows e tudo mais que, antigamente, um fã precisava até suar pra conseguir. É no mínimo incrível a quantidade de informações que se pode ter sobre arte, ciência e tudo mais...

Mas uma outra mudança que, na minha opinião merecia ter mais destaque, se trata de um interessante fenômeno (se é que podemos assim chamar) – a segmentação. Sim, sim. Cada vez mais os temas vão criando leques, segmentos e fragmentos. Alguns deles são tão interessantes nesse aspecto que nem rendem muito assunto para discussão. Foi o caso da comunidade Quem é Herbert Richards*¹. Acredito que, num futuro muito próximo, encontrar sites e comunidades sobre um programa de tevê, por exemplo, será mais raro do que encontrar algo sobre o detalhe bonitinho da camisa do personagem que apareceu na segunda parte do terceiro capítulo (pausa pra respirar) da quarta temporada tal programa.

Esse assunto – O Google e suas ferramentas - poderia ser desenvolvido em páginas e mais páginas. Ele deveria ser inclusive mais explorado como objeto de análise pelos estudiosos. Como exemplo de influências na nossa vida estariam o fato de o Google ter se tornado um verbo e entrado para o dicionário*² e as diversas tribos que surgem em função da união de pessoas com interesses em comum, proporcionados por ele.

Mas a pergunta decisiva: Todos esses efeitos são positivos ou negativos?
A resposta dessa pergunta está no texto Pontos de vista, do mesmo blog.


*¹http://www.orkut.com/CommMsgs.aspx?cmm=817597&tid=2453360193650170381
Teve sim um dos poucos momentos de debates e intrigas na comunidade do Herbert Richards (que, aliás, é Richards ou Richers?). Foi quando um membro revelou a verdadeira personalidade do tal Herbert, gerando insatisfação dos colegas por tirar a graça da comunidade. O sujeito que fez isso, embora bem intencionado, esqueceu de um importantíssimo detalhe: Com raras excessões, quem entra numa comunidade sobre Quem é Herbert Richards ou seja lá o que for está, ironicamente, interessado em qualquer assunto que seje, mas, de jeito nenhum quer saber a resposta pro título da devida comunidade... Confira no link.


http://www.tecnologia.terra.com.br/interna/0,,OI1063402-EI4802,00.html

Thursday, April 27, 2006

Em busca de um conflito

A poucos dias eu estava pensando em um novo assunto para escrever. Procurava
algo conflitante, que não soasse chato ou monótono. Foi então que surgiu a seguinte questão: não tendo um assunto intrigante, que colocasse um conflito, o texto seria necessariamente chato? Pronto. Havia arranjado um assunto para escrever. Mais do que isso: um conflito.

Sim. Seria interessante pararmos pra pensar no papel que o conflito tem na arte. Estamos falando daquela parte da música, do filme ou da história que nos causa tensão e cria uma oposição, intensidade, do tipo: "Nossa!! E agora? O que virá pela frente?".

Mas será que uma obra sem a presença deste perderia a graça? Acredito que não. Pelo simples motivo de que, mesmo não estando ali este conflito, o fato de termos consciência de que ele poderia exisitir já nos causa tensão. Não precisamos de um acorde de dominante ou outro elemento forte pra criar expectativa em uma música. Ou ainda, uma parte extremamente repetitiva e lenta poderia causar muito mais agonia, tensão - ou dependendo, curiosidade - sobre o que viria depois. Algumas bandas - o Creed, por exemplo, usa muito isso - colocam no final da música o refão em forma acústica, pra a partir disto, criar um contraste muito mais forte.
Outro exemplo do que estou tentando dizer: você assiste a um filme totalmente calmo. Lá pela metade pro fim do filme tudo continua tranquilo, sem nenhuma mudança. O que você pensaria? "Alguma coisa tem que acontecer". (Tá certo que a regra só se aplicaria na primeira vez que você assistisse ao filme, mas tudo bem...). De qualquer modo, se fosse pra fazer um resumo de tudo isso, eu diria que a espera pelo conflito traz ainda mais conflito do que o próprio conflito.

Friday, April 07, 2006

De volta??

Bom, com esse longo tempo parado nas atividades do blog, vi que precisava recuperar a vontade de escrever. Depois de pensar e pensar numa solução e ouvir conselhos de o que fazer pra ter de volta o gosto por escrever, achei que seria legal uma mudança no estilo do blog. Sim, um texto mais informal (no sentido de se refirir ao dia-a-dia...) e mais despreocupado em escolher assuntos necessariamente interessnates seria uma boa forma de salvar os três pontos...

Outra mudança seria de colocar os meus comentários junto às outras opiniões sobre o texto. No começo achei que eles atrapalhariam e até fariam um fechamento (algo que seria negativo), mas acho que seria legal até pra criar um diálogo com o pessoal que comenta... Falando nisso, gostaria de agradecer de verdade não só pelos comentários aqui colocados, mas também pelo pessoal que visita, mesmo que uma vez que outra os três pontos...

Bom, apesar de toda dessa mudança de formato, que esperamos que tenha resultado, a alma do blog e suas essências vão continuar a mesma. Sim, sim... Eu estou falando das idéias, dos sonhos e das opiniões.