Tuesday, October 23, 2007

A referência da anti-referência

Todo mundo - ou pelo menos quase todo mundo - tem músicas, estilos musicais que não gosta e que detesta. Sabe aquelas músicas em que você não consegue ficar escutando? Sim, essas mesmas.

É interessante parar pra pensar nessas músicas. Curiosamente, parece serem elas que mais ficam grudadas na cabeça. Provavelmente muito mais do que músicas boas.

Mas por que uma música pode ser ruim?

Vamos colocar aqui alguns motivos:

-melodia/harmonia/ritmo/letra não fazem seu estilo.

-melodia/harmonia/ritmo/letra parecem ser simples demais.

-melodia/harmonia/ritmo/letra são complexas demais.

O que acontece comigo é de muitas vezes nem ter nada contra a estrutura da música, mas associar ela a algo que não gosto e, com isso, passo a ter uma imagem ruim dela.

Por mais difícil que seja, acho que deveriamos fazer um esforço pra tentar entender o universo daquela música julgada ruim. Será que ela é mesmo ruim?

Por outro lado, é interessante pensar que, no momento em que existe algo que você, eu, não gostamos, já temos um parâmetro, uma referência daquilo que não achamos bom. Assim, podemos partir dessas músicas, dessas características que não gostamos pra achar o nossos estilo, nossa identidade musical e, por que não, pessoal?

O que não gostamos pode dizer muito mais do que o que gostamos.