Wednesday, April 15, 2009

A inversão entre o bem e o mal

Olá a todos!

Certo dia estava lendo um colunista no jornal (infelizmente, não lembro o nome agora) falar sobre vilões e mocinhos. E o fato de o vilão ser muito mais atraente pras pessoas do que o mocinho. Para mim, isso não é um acaso - nosso mundo chegou ao extremo de que o bem e o mal se inverteram.

É simples: a pessoa boa, pelo fato de já ser boa, não precisaria mais demonstrar isso - pois sua bondade já estaria implícita, não precisaria mais ser provada. Com isso, perde-se o objetivo de fazer o bem e de fazer gestos de espontaneidade, mesmo pequenos sacrifícios. Ok, até aí, sem problemas. Entretanto, para se ver livre dos problemas e estar bem consigo mesma, muitas vezes ela tem que cometer atos como mentir, esculachar, fazer fofoca ou coisas de modo escondido. É aí que surgem os problemas da vida - pela falta de um maior diálogo e companherismo.

Você já ouviu aquela frase "tudo que é proibido é mais gostoso"? Essa frase é um reflexo do quanto muitas pessoas boas não se contentam com o que possuem e querem mais.

O maior medo da pessoa boa não quer ser um "loser". O loser, para ela, é o cara infeliz, sem amigos e que nunca será ninguém na vida. Essa pessoa, portanto, fará o possível para ser aceita socialmente e mostrar que é campeã. É a legítima "maria vai com as outras". Já o loser, como já passou pela experiência de ser ridicularizado e viu que não há nenhum perigo, não terá medo de ser ele mesmo. A cantora Mallu Magalhães disse uma vez em entrevista que todos deveriam passar pela experiência de serem losers um dia, pra valorizar as coisas que possuem [eu, que já tive o prazer de passar por essa experiência, acho engraçado como os assuntos das pessoas, em geral, são feitos por simples interesse e apenas para mostrar o quanto elas são boas]. O cantor Wander Wildner falou que não gosta do termo "fã", pois o fã geralmente é um cara que chega de uma forma agressiva para o artista.

Falando agora sobre a pessoa "do mal" - exemplo, que ouve heavy metal, veste-se de preto e gosta de tomar vinho no cemitério. Esta pessoa certamente valoriza muito a vida e os amigos. Embora seja comum o visual estranho e agressivo, acredito que ela seja incapaz de praticar o mal e de julgar as pessoas.

É importante prestarmos atenção no modo como os programas de televisão trabalham os personagens do bem e do mal e o quanto esses mesmos ganham estereótipos. Pode-se ver que, em grande parte das vezes, mesmo os personagens do bem apresentam atitudes que nenhum bom vilão (com o perdão do trocadilho) tomaria.

Tuesday, April 07, 2009

É triste, mas é verdade...

Nosso mundo parece ter chegado ao extremo do caos e da banalidade.

Tudo parece estar banalizado: a amizade, o amor, o sexo. Até mesmo a vida.

Diariamente, pessoas se tratam e são tratadas como se fossem números.

Todos nós procuramos no mundo uma solução para os problemas "da vida",
quando, na verdade, é para nós mesmos que devemos olhar.

É possível mudar isso?
Como inverter a situação?

Questionar é fundamental.

"Não precisamos de um mundo perfeito, mas de um mundo que saiba conviver com a imperfeição".